sábado, 7 de dezembro de 2019

Visão Geral: Clima, Aquecimento Global e Mudança Climática

     Até um tempo atras achava, "balela""bobeira" o fato de afirmarem tanto sobre o aquecimento global, pois se estudar um pouco de física de clima terrestre, veremos que, durante (4,5 Bi - idade estimada da terra) bilhões de anos a terra passou por diversos processos de aquecimento e esfriamento, tornando o aquecimento global parte natural do ciclo da terra, pois ela ira aquecer e depois esfriar novamente. 
     Porém, vemos que o problema não é ela aquecer, é ela não realizar esse processo naturalmente!!
com essa matéria iremos entender um pouco sobre esse aquecimento global, e como estamos acelerando o processo para que isso aconteça, mas de forma prejudicial.


“Mudança climática” e “aquecimento global” são frequentemente usados de forma intercambiável, mas têm significados distintos. Da mesma forma, os termos "clima" e "clima" são às vezes confusos, embora se refiram a eventos com escalas espaciais e de tempo amplamente diferentes.

Tempo vs. Clima

"Se você não gosta do clima na Nova Inglaterra, aguarde alguns minutos."
- Mark Twain

Posso também adaptar para nós brasileiros

"Se você não gosta do clima de Curitiba, aguarde alguns minutos"
- Kevin Fuscarini

     O tempo refere-se às condições atmosféricas que ocorrem localmente por curtos períodos de tempo - de minutos a horas ou dias. Exemplos familiares incluem chuva, neve, nuvens, ventos, inundações ou tempestades.
    O clima, por outro lado, refere-se à média regional ou até global de longo prazo de padrões de temperatura, umidade e precipitação ao longo das estações, anos ou décadas.

O que é aquecimento global?


     O aquecimento global é o aquecimento a longo prazo do sistema climático da Terra observado desde o período pré-industrial (entre 1850 e 1900) devido às atividades humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis, o que aumenta os níveis de gases de efeito estufa na atmosfera da Terra. O termo é frequentemente usado de forma intercambiável com o termo mudança climática, embora este último se refira ao aquecimento produzido por seres humanos e naturalmente e aos efeitos que ele tem em nosso planeta. É mais comumente medido como o aumento médio da temperatura da superfície global da Terra.

     Desde o período pré-industrial, estima-se que as atividades humanas aumentaram a temperatura média global da Terra em cerca de 1 grau Celsius (1,8 graus Fahrenheit), um número que atualmente está aumentando em 0,2 graus Celsius (0,36 graus Fahrenheit) por década. A maior parte da atual tendência de aquecimento é extremamente provável (maior que 95% de probabilidade) o resultado da atividade humana desde os anos 50 e continua a uma taxa sem precedentes ao longo de décadas a milênios.


O que é mudança climática?


    A mudança climática é uma mudança de longo prazo nos padrões climáticos médios que definiram o clima local, regional e global da Terra. Essas alterações têm uma ampla gama de efeitos observados que são sinônimos do termo.

    As mudanças observadas no clima da Terra desde o início do século 20 são impulsionadas principalmente por atividades humanas, particularmente a queima de combustíveis fósseis, que aumenta os níveis de gases de efeito estufa na atmosfera da Terra, aumentando a temperatura média da superfície da Terra. Esses aumentos de temperatura produzidos pelo homem são comumente referidos como aquecimento global. Os processos naturais também podem contribuir para as mudanças climáticas, incluindo variabilidade interna (por exemplo, padrões oceânicos cíclicos como El Niño, La Niña e Oscillation Decadal do Pacífico) e forçamentos externos (por exemplo, atividade vulcânica, mudanças na produção de energia do Sol, variações na órbita da Terra) )

    Os cientistas usam observações do solo, do ar e do espaço, juntamente com modelos teóricos, para monitorar e estudar as mudanças climáticas passadas, presentes e futuras. Os registros de dados climáticos fornecem evidências dos principais indicadores de mudanças climáticas, como aumentos globais da temperatura da terra e do oceano; elevação do nível do mar; perda de gelo nos pólos da Terra e nas geleiras das montanhas; mudanças de freqüência e severidade em condições climáticas extremas, como furacões, ondas de calor, incêndios, secas, inundações e precipitações; e nuvens e vegetação cobrem mudanças, para citar apenas alguns.

Neste link abaixo é possível ver a mudança na temperatura da superfície terrestre desde de 1884, você ficará horrorizado com o que verá!

LINK ABAIXO


FONTE: NASA

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Hubble Mostra a Dramática do Universo.

Os detalhes dramáticos do Hubble Spots Galaxy




Alguns dos eventos mais incríveis do universo ocorrem quando certas estrelas morrem - e explodem catastroficamente no processo.

Tais explosões, conhecidas como supernovas, ocorrem principalmente de duas maneiras. Em um cenário, uma estrela massiva esgota o combustível no final de sua vida útil, tornando-se dinamicamente instável e incapaz de suportar seu volume, causando o colapso interno e a explosão violenta. Em outro resultado, uma anã branca (o denso remanescente de uma estrela outrora normal) em um casal estelar em órbita extrai mais massa de seu companheiro do que é capaz de suportar, iniciando a fusão nuclear descontrolada em seu núcleo e iniciando o processo de supernova. Ambos os tipos resultam em um objeto intensamente brilhante no céu que pode rivalizar com a luz de uma galáxia inteira.

Nos últimos 20 anos, a galáxia NGC 5468, visível nesta imagem, hospedou várias supernovas observadas dos dois tipos mencionados: SN 1999cp, SN 2002cr, SN2002ed, SN2005P e SN2018dfg. Apesar de estar a pouco mais de 130 milhões de anos-luz de distância, a orientação da galáxia em relação a nós facilita a localização dessas novas "estrelas" à medida que aparecem; vemos o NGC 5468 de frente, o que significa que podemos ver o padrão espiral solto e aberto da galáxia em belos detalhes em imagens como esta do Telescópio Espacial Hubble da NASA / ESA.

Crédito do texto: ESA (Agência Espacial Europeia)
Crédito da imagem: ESA / Hubble e NASA, W. Li et al.

FONTE: NASA

A incrivel - Represa Alta de Aswan


A INCRÍVEL BARRAGEM DE ASWAN

 

             Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional usavam lentes de alta ampliação para capturar os detalhes da Represa Alta de Aswan, no rio Nilo, no sul do Egito. Esse vasto projeto de engenharia foi iniciado em 1960 e concluído em 1970, e é uma das maiores barragens de terraplenagem de terra do mundo, com 3.830 metros de comprimento e quase 1.000 metros de comprimento. (3.281 pés) de largura.
              Um dos maiores lagos artificiais do mundo, o Lago Nasser recebeu o nome do presidente egípcio Gamal Abdul Nasser, que é o grande responsável pela criação do lago. 

 
              A represa alta de Aswan retém 132 quilômetros cúbicos (31,7 milhas cúbicas) de água no lago Nasser. A energia hidrelétrica gerada na parede da barragem fornece 2,1 gigawatts - o que era totalmente metade das necessidades do Egito em 1970 - dando a numerosas aldeias acesso à eletricidade pela primeira vez. A barragem praticamente eliminou o perigo de inundações a jusante no vale do Nilo, que teve efeitos positivos e negativos a jusante.
               A costa altamente recuada do Lago Nasser, com 550 km de comprimento, é uma visão familiar para os astronautas. A construção do novo reservatório exigiu a realocação não apenas de quase 100.000 habitantes, mas também de quatro famosos sítios arqueológicos que mais tarde foram reconstruídos em locais acima do nível do lago. A estrada turística que passa perto da pista de pouso (imagem à direita) leva ao enorme templo de pedra de Abu Simbel, construído pelo faraó Ramsés II no século XIII aC. O templo foi remontado acima da costa do lago Nasser.

               O Aeroporto Internacional de Aswan fica a oeste da barragem, perto do assentamento que abriga a Universidade de Aswan. Observe que o norte fica no canto inferior direito da fotografia.





Nesta fotografia de astronauta tirada da Estação Espacial Internacional, a água do lago Nasser destaca-se dos arredores devido ao brilho do sol. A luz do Sol reflete na superfície da água e nas lentes da câmera, dando ao Lago Nasser um brilho iridescente. Sunglint é um fenômeno comum em imagens de satélite e em fotografias de astronautas.



A fotografia de astronauta ISS043-E-101953 foi adquirida em 12 de abril de 2015, com uma câmera digital Nikon D4 usando uma lente de 800 milímetros, e é fornecida pela ISS Crew Earth Observations Facility e pela Science of Earth and Remote Sensing Unit, Johnson Space Center. A imagem foi tirada por um membro da tripulação da Expedição 43. A imagem foi cortada e aprimorada para melhorar o contraste e os artefatos da lente foram removidos. O Programa da Estação Espacial Internacional apoia o laboratório como parte do Laboratório Nacional da ISS para ajudar os astronautas a tirar fotos da Terra que serão de maior valor para os cientistas e o público, e para disponibilizar essas imagens gratuitamente na Internet. Imagens adicionais tiradas por astronautas e cosmonautas podem ser vistas no Portal NASA / JSC para Astronaut Photography of Earth. Legenda por M. Justin Wilkinson, Texas State University, contrato de Jacobs na NASA-JSC.




FONTE: NASA 
               NASA2

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

PONTO DE VISTA ESPACIAL : GRANDE INCÊNDIO NA CALIFÓRNIA

         Grande incêndio na califórnia



          Do ponto de vista espacial a bordo da Estação Espacial Internacional, o astronauta da NASA Andrew Morgan capturou esta imagem de um incêndio na Califórnia. Em sua página no Facebook, ele disse: "Da Estação Espacial Internacional, pude capturar essas fotos dos incêndios na Califórnia queimando ao norte da área da baía. Pensando nas pessoas que perderam suas casas e nos corajosos socorristas nas linhas de frente. protegendo-os ".

            Além disso, os satélites em órbita terrestre da NASA são frequentemente os primeiros a detectar incêndios florestais queimando em regiões remotas, e os locais de novos incêndios são enviados diretamente aos gerentes de terra em todo o mundo poucas horas depois da passagem por satélite. Juntos, os instrumentos da NASA detectam ativamente queima de fogos, rastreiam o transporte de fumaça dos fogos, fornecem informações para o gerenciamento de incêndios e mapeiam a extensão das mudanças nos ecossistemas, com base na extensão e gravidade das cicatrizes de queima. A NASA possui uma frota de instrumentos de observação da Terra, muitos dos quais contribuem para a nossa compreensão do fogo no sistema terrestre. Os satélites em órbita ao redor dos pólos fornecem observações de todo o planeta várias vezes ao dia, enquanto os satélites em uma órbita geoestacionária fornecem imagens de alta resolução de incêndios, fumaça e nuvens a cada cinco a 15 minutos.

FONTE: NASA


Projeto Cientifico - Energia Eólica no Paraná - Parte 7

ENERGIA EÓLICA NO PARANÁ

Projeto científico - Kevin D. M. Fuscarini


Você pode visualizar a pesquisa completa na barra lateral esquerda.

Essa entrevista foi realizada com uma das técnicas da Copel responsável pela planta eólica de Palmas, utilizei essa entrevista que eu fiz para embasar pontos em meu trabalho cientifico.



ENTREVISTA REALIZADA COM TÉCNICOS DA PLANTA EÓLICA DE PALMAS
RESPONSAVEL PELA INTERMEDIAÇÃO
Simone de Cuffa Pícolo
Serviço de Planejamento e Controle Técnico GNB – COPEL-PR

  1. Qual a história do parque eólico de Palmas - PR?
Ver:https://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2 Fgeracao%2Fpagcopel2.nsf%2Fdocs%2FC61E3512CB91AF04032574A20048D3A3

  1. O que tem de diferente o parque eólico de Palmas – PR para outros parques no Brasil e mundo?
O princípio básico de transformação da energia cinética do vento para energia elétrica é o mesmo, há apenas variações nos equipamentos instalados.

  1. Qual maior problema que é encontrando em uma planta eólica? (Ex: resíduos gerados pelos funcionários, problemas mecânicos com geradores, impactos ambientais ETC...)
Assim como a maioria dos parques eólicos, o parque de Palmas está conectado a uma rede de distribuição de energia, a qual apresenta maior volatilidade em relação às instalações de rede básica (tensão igual ou superior a 230kV). Dessa forma, oscilações de rede pode ser considerado um problema comum aos parques eólicos.

  1. Para construir um parque eólico o que é necessário?
A principal requisito é o estudo do regime de ventos. Porém existem análises mais complexas que viabilizam ou não a instalação de um parque eólico, tais como: acesso, distância de centros de consumo, qualidade do solo, entre outras. Sugiro que realize uma pesquisa na internet, pois há diversos conteúdos interessantes sobre o assunto.

  1. Com a produção de energia em Palmas - PR é possível fornecer essa energia para quantas cidades no PR?
Pelo potencial instalado (2,5 MW) é possível abastecer aproximadamente 7000 residências, considerando dados de consumo médio de 250 kW mês por residência. Porém, devido à variação da velocidade do vento, a geração média do parque tem capacidade para abastecer aproximadamente 1500 residências.  

  1. Qual tipo de tecnologia eólica é utilizado em Palmas – PR?
Os aerogeradores instalados são do modelo E-40 (500 kW) fabricante ENERCON. Possuem 44m de altura e 40m de diâmetro do rotor.

  1. Por que a energia de uma usina eólica é considerada renovável?
Porque utiliza uma fonte de energia que não se esgota com o uso, diferente do uso de combustíveis fósseis, por exemplo. Devido ao conceito teórico sobre o assunto, sugiro realizar pesquisa específica.

  1. Dá para produzir energia eólica em todo Brasil ou só em alguns estados?
A conversão de energia dada pelo vento pode ser aplicada em qualquer região, porém a escolha de onde instalar um parque eólico está diretamente relacionada à qualidade do vento para esse fim (pesquisar mapa eólico do Brasil). Dessa forma, destacam-se as regiões com ventos mais fortes e estáveis ao longo do ano, é por esse motivo que o nordeste brasileiro possui diversos parque eólicos.

  1. Qual potencial enérgico da planta de Palmas - PR?
Comentado anteriormente.

  1. Como é feita a transformação da energia cinética dos ventos em energia elétrica?
Há diversos conteúdos disponíveis na internet, sugiro uma pesquisa específica.

  1. O que acontece num bairro abastecido por uma usina eólica quando para de ventar? A energia acaba?
Via de regra, a energia gerada, independente da fonte, é “injetada” no sistema elétrico, dessa forma há a compensação entre as fontes. Simplificando, quando há ventos favoráveis é possível armazenar outra fonte de energia, nos reservatórios das usinas hidrelétricas por exemplo, e utilizá-la quando há falta de vento.
Apenas os sistemas isolados sofreriam impactos pela falta do vento.

  1. Tem um sistema de armazenamento de energia no complexo eólico em Palmas - PR?
Não. Toda energia gerada é disponibilizada para o sistema elétrico.

  1. Já funcionando a torre eólica é só ligar direto na rede ou precisa de uma transformação a energia gerada?
O sistema de ligação à rede integra uma unidade retificadora/inversora (inversor). Isto permite que o rotor funcione com rotação variável. Em
velocidades de vento baixas, o rotor gira devagar, em altas velocidades,
rápido. Com isso, o acionamento das pás do rotor é sempre otimizado pelo
vento.
Normalmente, a energia gerada pelo aerogerador possui tensão menor que a tensão da rede, dessa forma, é necessário elevar a tensão por meio de transformadores elevadores de tensão.

  1. A poluição no ar tem influência na geração de energia eólica?
Não há influência significativa, apenas em casos extremos. A condição do ar pode influenciar na durabilidade dos equipamentos e componentes dos aerogeradores.

  1. A construção das torres eólicas tem algum impacto ambiental? Quais? Uma turbina eólica interfere na fauna local, como pássaros e insetos?
A montagem e instalação das torres geram impactos insignificantes se comparados à construção de usinas hidrelétricas, pois necessitam apenas de uma base escavada de tamanho proporcional à altura da torre. Após implantado, apenas a região mais próxima à torre não pode ser utilizada para outros fins.
Quanto aos impactos à fauna, somente as regiões que são rotas de aves migratórias geram tal impacto. Porém, são realizados estudos preliminares para mitigação.

  1. A produção de energia elétrica através da energia eólica tem algum impacto ambiental? Depois de construída a planta eólica tem impactos ambientais? Quais?
No caso do parque de Palmas, como toda instalação industrial, é necessário ter a gestão dos produtos perigosos (óleos e graxas, principalmente).
O ruído gerado pelo movimento das pás não causa impactos ambientais significativos.

  1. Se ventar demais uma turbina eólica pode cair? É perigoso passar perto delas numa tempestade?
Em caso de vento muito forte (acima de 25m/s) é acionado o sistema de proteção do equipamento, o qual ajusta o ângulo de ataque das pás para a posição sem carga (chamada posição de bandeira), parando a unidade.
Em raros casos, onde há falha da proteção, corre-se o risco de disparo do aero e colapso do equipamento.

  1. Qual a velocidade máxima as pás se movimentam?
A velocidade de rotação é variável, de 18 a 38 rpm




  1. A energia elétrica gerada depende diretamente da velocidade em que a pá da torre se movimenta?
O ângulo das pás do rotor é constantemente ajustado às condições do vento. A potência é controlada através da excitação do gerador. Acima da velocidade nominal do vento, a potência é mantida na potência nominal através do ajuste do ângulo das pás.

  1. Qual velocidade do vento mínima necessária para gerar energia elétrica?
Aproximadamente 2 m/s.

  1.  Quantas pessoas são necessárias para operar uma usina eólica? Qual é a formação que ela deve ter?
Depende muito do tamanho do parque. A equipe contratada para operar e manter a usina eólica de Palmas atente também outro parque eólico na divisa com Santa Catarina, o time local é formado por 4 técnicos de manutenção, porém o centro de operação está localizado em Osório - RS. A equipe local atende às demandas de rotina. São técnicos em eletromecânica e eletrônica, com formação própria específica em manutenção de aerogeradores.

  1.  Por que as turbinas eólicas são brancas? Não seria melhor se fossem de uma cor que as disfarçasse no ambiente? 
Normalmente utiliza-se o branco pela sua durabilidade a intempéries e baixa absorção de calor.
Considerando o aspecto de destaque, para quem olha do solo, o branco ou cinza, acaba sendo mais agradável, pois contrasta com as cores do céu (nublado ou limpo). Por outro lado, visto de cima, o branco é utilizado para dar destaque, pois é um obstáculo para o trânsito aéreo.
Há torres que possuem um gradiente de verde na parte baixa da torre, para torná-la mais harmônica com o ambiente.

Projeto Cientifico - Energia Eólica no Paraná - Parte 6

ENERGIA EÓLICA NO PARANÁ

Projeto científico - Kevin D. M. Fuscarini


Você pode visualizar a pesquisa completa na barra lateral esquerda.

7.        USINA EÓLICA DE PALMAS PARANÁ

7.1.          CONTEXTO HISTORICO DE PALMAS

A Usina eólica de Palmas é composta por cinco aerogeradores de 500 kW (Kilowatt) cada, totalizando 2,5 MW (Megawatt) de potência instalada. Está situada na região de Horizonte, no Município de Palmas, ao sul do Estado do Paraná divisa com Santa Catarina. (COPEL-PR, 2019).
A identificação do grande potencial eólico da região se deu através das medições de vento realizadas a partir de 1995 com o Projeto Ventar, esse projeto foi para que fossem levantados 25 locais em diferentes regiões do Paraná, dos quais 19 estão com estação de medição. Essa campanha de medições conta com a instalação de estações anemográficas, que são equipamentos que medem e registram os dados relativos a velocidade e direção de vento, em locais previamente escolhidos em diferentes áreas do Estado do Paraná. (FINOCCHIO, 2017).
A região selecionada para a usina é composta de campos naturais de grande altitude, onde sua implantação não impediu a continuidade das atividades agropastoris que ali vinham sendo desenvolvidas historicamente. (COPEL-PR, 2019).
A Usina de Palmas foi a primeira eólica da região sul do Brasil. A montagem de seus cinco aerogeradores foi feita no tempo recorde de uma semana, e entrou em operação em fevereiro de 1999. Foi implantada pelas Centrais Eólicas do Paraná, da qual a Copel participava, inicialmente, com 30%. Em 2008 a Copel adquiriu 100% do controle dessa Empresa. Em janeiro de 2012, a Usina de Palmas (FIGURA 5) passou efetivamente a fazer parte do parque gerador da Copel - ocasião em que a ANEEL aprovou a reversão da concessão para a Copel Geração S.A. (COPEL-PR, 2019).




FIGURA 5 - Planta eólica de Palmas -PR.
        FONTE: Beatriz Pozzobon, especial para a Gazeta do Povo, 2018

7.2.  POTENCIAL EÓLICO DE PALMAS

O principal requisito para construção de um parque eólico é o estudo do regime de ventos, como já citado. Porém existem análises mais complexas que viabilizam ou não a instalação de um parque eólico, tais como: acesso, distância de centros de consumo, qualidade do solo, entre outras. Os aerogeradores instalados em Palmas são do modelo E-40 (500 kW) fabricante ENERCON. Possuem 44m de altura e 40m de diâmetro do rotor. (COPEL-PR, 2019).
O potencial instalado em Palmas é de (2,5 MW) sendo possível abastecer aproximadamente 7000 residências, sendo considerado dados de consumo médio de 250 kW mês por residência. Porém, devido à variação da velocidade do vento, a geração média do parque tem capacidade para abastecer aproximadamente 1500 residências, conforme a entrevista realizada com técnicos da planta. Contudo, a companhia afirma que a energia produzida pela usina não abastece, necessariamente, municípios da região onde está instalada, pois a produção vai para um sistema nacional de energia interligado, Ou seja, esse sistema distribui a energia para diferentes pontos do país. (COPEL-PR, 2019).




7.3.  EMPREGOS

Uma usina eólica gera vários empregos, principalmente durante a construção, conforme afirma a Agencia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), existe um mapeamento de cerca de 52 profissões necessárias para a instalação e funcionamento de uma usina eólica. Entre elas Construção e montagem (10 áreas), desenvolvimento e projetos (11 áreas), ensino e pesquisa (6 áreas), manufatura (15 áreas), operação e manutenção (9 áreas). (ABDI, 2019).
A (ABDI) afirma que o potencial de criação de empregos é grande pois a cadeia eólica é longa, além do potencial crescimento do mercado de energias renováveis. Explica que existe etapas nessa cadeia, sendo elas, desenvolvimento, fabricação, montagem e operação do parque, cada fase contém uma necessidade grande de diversos profissionais áreas diversas. (ABDI, 2019).
Conforme a entrevista realizada com senhora Simone Cuffa do serviço de planejamento e controle, explica que, o time local em Palmas é formado por 4 técnicos de manutenção, porém o centro de operação da usina é localizado em Osorio – RS, onde verificam e fazem leituras dos sensores instalados na planta, é realizado o mapeamento da energia gerada, e devido a nosso avanço tecnológico tudo isso é possível independente da distancia de Palmas no Paraná. A equipe local é responsável principalmente para atender as demandas de rotina da planta. Os quatro (4) técnicos são formados em eletromecânica, eletrônica, e manutenção de aerogeradores. (COPEL-PR, 2019).

7.4.  IMPACTOS AMBIENTAIS.

Um impacto pode ser positivo ou negativo. O conceito de impacto ambiental no Brasil é definido pelo CONAMA (Conselho nacional do meio ambiente). O órgão federal define impacto através das interferências humanas resultantes em um meio, sendo elas biológicas, químicas e físicas. Levando como resultado também a questão social em consequência dessa interferência, assim diminuindo o sistema produtivo humano, como, saúde, segurança e bem-estar da população. (CONAMA, 2019)
Uma usina eólica por mais limpa que seja sua produção também resulta em impactos negativos. Técnicos da usina eólica de Palmas afirmam que a montagem e instalação das torres geram impactos insignificantes, se comparados à construção de usinas hidroelétricas, pois o mesmo necessita apenas de uma base escavada de tamanho proporcional à altura da torre. Depois de implantado, apenas a região mais próxima à torre não pode ser utilizada para outros fins. (COPEL-PR, 2019)
Na usina eólica de Palmas, como toda instalação industrial, é necessário ter a gestão dos produtos perigosos (óleos e graxas), e o ruído gerado pelo movimento das pás não causa impactos ambientais significativos na região de Palmas. (COPEL-PR, 2019)
As usinas eólicas estão promovendo profundos impactos ambientais negativos ao longo do litoral nordestino. As que estão operando e as em fase de instalação nos campos de dunas revelaram que a área ocupada pelos aerogeradores é gravemente degradada, terraplenada, fixada, fragmentada, desmatada, compactada, alteradas a morfologia, topografia e fisionomia do campo de dunas -, pois se faz necessário a manutenção de uma rede de vias de acesso para cada um dos aerogeradores e resguardar a base dessas estruturas da erosão eólica. Com isso iniciou-se um generalizado e aleatório processo de fixação artificial das areias, danos aos sítios arqueológicos e privatização destes sistemas ambientais de relevante interesse socioambiental. (MEIRELES, 1994)
Quanto à fauna, impactos negativos acontecem em rotas de aves migratórias. Mas sempre são realizados estudos preliminares sobre essas rotas, até porque em uma pesquisa realizada é perceptível que a taxa de mortalidade de pássaros, é cem vezes maior em colisões com veículos do que em um parque eólico de 1 GWh (Gigawatt-hora). (BOURILLON, 1999).
8.        CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de energias renováveis é imprescindível para desenvolvimento do Brasil, principalmente o setor eólico. Suas atividades geram impactos sociais positivos, com mais empregos em diversos setores. No Paraná verificamos o grande potencial eólico devido a suas grandes altitudes, assim podendo implementar mais plantas eólicas para geração de energia elétrica.
Os impactos ambientais negativos são mínimos. Com o uso dessa energia há pouca emissão de poluentes no meio ambiente. Há principalmente uma preservação da vegetação e da população local, pois, no entanto, não há necessidade de degradar vastas áreas para gerar energia elétrica, diferente da de usinas hidroelétricas.
O potencial enérgico de uma usina eólica é relativamente alto, apesar de depender de condições climáticas para gerar eletricidade. Com velocidades entre 18 a 38 RPM (Rotações por minuto) já se é possível adquirir energia.

Projeto Cientifico - Energia Eólica no Paraná - Parte 5

ENERGIA EÓLICA NO PARANÁ

Projeto científico - Kevin D. M. Fuscarini


Você pode visualizar a pesquisa completa na barra lateral esquerda.

6.        FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6.1.           ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

A primeira turbina eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dois anos depois, entrou em operação a primeira usina eólica conectada ao sistema elétrico integrado, na cidade de Gouveia - MG. No ano de 2000 o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis.    Construída em 1994, a Usina Eólica do Morro do Camelinho como segue na (FIGURA 1), a primeira a ser interligada ao Sistema Integrado Nacional de energia, está desativada desde 2015, conforme a imagem a seguir. (ANEEL, 2019).

FIGURA 1: Usina Eólica do Morro do Camelinho
             .Fonte: Jornal Estado de Minas, 2018. (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)

Atualmente temos no país a capacidade atual de 12.763 GW (Gigawatt) distribuídos por 458 parques eólicos, o equivalente a 8,4% da potência energética instalada no país. Estudos comprovam que 181 parques eólicos instalados evitam 4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera por ano. (JORNAL METRO 2019).
Os principais produtores de energia eólica no Brasil são: Rio Grande do Norte, com 3.722 MW (Megawatt); Bahia, com 2.594 MW (Megawatt); Ceará, com 1.950 MW (Megawatt); Rio Grande do Sul, com 1.831 MW (Megawatt) e; Piauí, com 1.443 MW (Megawatt); Pernambuco, com 781 MW (Megawatt); Santa Catarina, com 238 MW (Megawatt); Maranhão, com 220 MW (Megawatt); e Paraíba, com 157 MW (Megawatt). (JORNAL METRO 2019).
Após a criação do PROINFA a energia eólica no Brasil teve um crescimento considerável de 22 MW em 2003 para 1000 MW em 2011, tendo parte de criação de 36 projetos privados, outros 45 novo projetos foram aprovados pela ANEEL, com potencial estimado de 2,139.7 MW. (ANEEL, 2019).
O crescimento dessa tecnologia no Brasil faz com que aumente o desenvolvimento, assim contribuindo com o meio ambiente e o meio social, diminuindo consideravelmente a emissões de gases poluentes e aumentando a taxa de empregos. (LATEC, COPEL, 2007).
O Global Wind Atlas (GWA) (FIGURA 2) apóia principalmente o desenvolvimento da energia eólica. Também serve como uma ferramenta útil para que os governos entendam melhor seu potencial de recursos eólicos nos níveis provincial e local. (GLOBAL, 2019).
FIGURA 2 - Mapa de velocidade do vento no Brasil
FONTE: https://globalwindatlas.info/, 2019.
6.2.           ENERGIA ELÉTRICA NO PARANÁ

O Paraná é um dos 26 estados do Brasil, localizando-se na região sul do país. É cortado pelo tropico de capricórnio. O Paraná ocupa uma área total de 199.554 Km², que representa 2,34% do território Brasileiro. (PAULO J. SCAPIN 2006).
Datado que no ano de 2019 o Paraná teve um crescimento no consumo e geração de energia, sendo, 7,9 mil GWh (Gigawatts-hora) de energia no trimestre, frente a 7,5 mil GWh (Gigawatts-hora) no mesmo período de 2018. O consumo do segmento de consumidores livres que compraram energia da Copel Geração ou da Copel Comercialização apresentou crescimento de 5,8%. Composto principalmente por indústrias, o aumento registrado no mercado livre se deu em função do crescimento da produção industrial no Paraná, que cresceu na casa dos 10% nos últimos meses de 2019. (AEN 2019).
Em 2019, a Copel vai investir quase R$ 2 bilhões. Deste total, 18% já foram aplicados no primeiro trimestre – R$ 360 milhões já foram alocados no reforço, expansão, modernização e melhoria dos seus sistemas da geração, transmissão e distribuição de energia entre janeiro e março deste ano. A maior parte deste montante foi para a área de distribuição – R$ 206 milhões –, segmento que em 2019 conta com o maior investimento da história: R$ 836 milhões. (AEN 2019).

6.3.           ENERGIA EÓLICA NO PARANÁ

A passagem do tropico de capricórnio no Paraná caracteriza o estado como zona de transição entre o clima tropical e subtropical.  O vento pode variar bastante no intervalo de horas ou dias, porém, em termos estatísticos, tende a um regime diurno predominante regido por influências locais e regionais. No intervalo de meses ou anos, os regimes de vento passam a apresentar notável regularidade, com sazonalidade bem definida ao longo do ano. Os regimes anuais e sazonais são predominantemente controlados pelas grandes escalas atmosféricas: a escala sinótica e a circulação geral planetária. Em alturas de até 100m, de interesse para o aproveitamento energético, o vento é afetado de forma acentuada pelas condições de relevo e de rugosidade aerodinâmica do terreno, presença de obstáculos e estabilidade térmica vertical. (CEPEL 2001).
Nota-se a imprevisibilidade, o vento resulta da contínua circulação das camadas de grande dependência do perfil vertical de ar da atmosfera sob a ação predominante da velocidade do vento com a altura, a rugosidade energia do terreno e a estabilidade térmica vertical da radiante do Sol e da rotação da Terra como podemos ver (FIGURA 3). Dentre os mecanismos atuantes na formação dos ventos, destacam-se os aquecimentos desiguais da superfície terrestre que ocorrem tanto em escala global (diferentes latitudes, estações do ano e ciclo dia-noite) quanto local (mar-terra, montanha-vale). Desse fato identificam-se as velocidades e direções do vento. Uma turbina eólica capta uma parte da energia cinética do vento, que passa através da área varrida pelo rotor e a transforma em energia elétrica. (CEPEL, 2001).
O aproveitamento da energia eólica requer extensões de área adequada, com velocidades médias que viabilizem a instalação de usinas (FIGURA 4). (LATEC, COPEL, 2007).

FIGURA 3 - Circulação atmosférica.
 FONTE: Livro, Potencial eólico do estado do Paraná, LATEC.



FIGURA 04: Potencial de vento anual no Paraná a uma altitude de 100m.

Fonte: Livro, Potencial eólico do estado do paraná, LATEC.