quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Projeto Cientifico - Energia Eólica no Paraná - Parte 6

ENERGIA EÓLICA NO PARANÁ

Projeto científico - Kevin D. M. Fuscarini


Você pode visualizar a pesquisa completa na barra lateral esquerda.

7.        USINA EÓLICA DE PALMAS PARANÁ

7.1.          CONTEXTO HISTORICO DE PALMAS

A Usina eólica de Palmas é composta por cinco aerogeradores de 500 kW (Kilowatt) cada, totalizando 2,5 MW (Megawatt) de potência instalada. Está situada na região de Horizonte, no Município de Palmas, ao sul do Estado do Paraná divisa com Santa Catarina. (COPEL-PR, 2019).
A identificação do grande potencial eólico da região se deu através das medições de vento realizadas a partir de 1995 com o Projeto Ventar, esse projeto foi para que fossem levantados 25 locais em diferentes regiões do Paraná, dos quais 19 estão com estação de medição. Essa campanha de medições conta com a instalação de estações anemográficas, que são equipamentos que medem e registram os dados relativos a velocidade e direção de vento, em locais previamente escolhidos em diferentes áreas do Estado do Paraná. (FINOCCHIO, 2017).
A região selecionada para a usina é composta de campos naturais de grande altitude, onde sua implantação não impediu a continuidade das atividades agropastoris que ali vinham sendo desenvolvidas historicamente. (COPEL-PR, 2019).
A Usina de Palmas foi a primeira eólica da região sul do Brasil. A montagem de seus cinco aerogeradores foi feita no tempo recorde de uma semana, e entrou em operação em fevereiro de 1999. Foi implantada pelas Centrais Eólicas do Paraná, da qual a Copel participava, inicialmente, com 30%. Em 2008 a Copel adquiriu 100% do controle dessa Empresa. Em janeiro de 2012, a Usina de Palmas (FIGURA 5) passou efetivamente a fazer parte do parque gerador da Copel - ocasião em que a ANEEL aprovou a reversão da concessão para a Copel Geração S.A. (COPEL-PR, 2019).




FIGURA 5 - Planta eólica de Palmas -PR.
        FONTE: Beatriz Pozzobon, especial para a Gazeta do Povo, 2018

7.2.  POTENCIAL EÓLICO DE PALMAS

O principal requisito para construção de um parque eólico é o estudo do regime de ventos, como já citado. Porém existem análises mais complexas que viabilizam ou não a instalação de um parque eólico, tais como: acesso, distância de centros de consumo, qualidade do solo, entre outras. Os aerogeradores instalados em Palmas são do modelo E-40 (500 kW) fabricante ENERCON. Possuem 44m de altura e 40m de diâmetro do rotor. (COPEL-PR, 2019).
O potencial instalado em Palmas é de (2,5 MW) sendo possível abastecer aproximadamente 7000 residências, sendo considerado dados de consumo médio de 250 kW mês por residência. Porém, devido à variação da velocidade do vento, a geração média do parque tem capacidade para abastecer aproximadamente 1500 residências, conforme a entrevista realizada com técnicos da planta. Contudo, a companhia afirma que a energia produzida pela usina não abastece, necessariamente, municípios da região onde está instalada, pois a produção vai para um sistema nacional de energia interligado, Ou seja, esse sistema distribui a energia para diferentes pontos do país. (COPEL-PR, 2019).




7.3.  EMPREGOS

Uma usina eólica gera vários empregos, principalmente durante a construção, conforme afirma a Agencia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), existe um mapeamento de cerca de 52 profissões necessárias para a instalação e funcionamento de uma usina eólica. Entre elas Construção e montagem (10 áreas), desenvolvimento e projetos (11 áreas), ensino e pesquisa (6 áreas), manufatura (15 áreas), operação e manutenção (9 áreas). (ABDI, 2019).
A (ABDI) afirma que o potencial de criação de empregos é grande pois a cadeia eólica é longa, além do potencial crescimento do mercado de energias renováveis. Explica que existe etapas nessa cadeia, sendo elas, desenvolvimento, fabricação, montagem e operação do parque, cada fase contém uma necessidade grande de diversos profissionais áreas diversas. (ABDI, 2019).
Conforme a entrevista realizada com senhora Simone Cuffa do serviço de planejamento e controle, explica que, o time local em Palmas é formado por 4 técnicos de manutenção, porém o centro de operação da usina é localizado em Osorio – RS, onde verificam e fazem leituras dos sensores instalados na planta, é realizado o mapeamento da energia gerada, e devido a nosso avanço tecnológico tudo isso é possível independente da distancia de Palmas no Paraná. A equipe local é responsável principalmente para atender as demandas de rotina da planta. Os quatro (4) técnicos são formados em eletromecânica, eletrônica, e manutenção de aerogeradores. (COPEL-PR, 2019).

7.4.  IMPACTOS AMBIENTAIS.

Um impacto pode ser positivo ou negativo. O conceito de impacto ambiental no Brasil é definido pelo CONAMA (Conselho nacional do meio ambiente). O órgão federal define impacto através das interferências humanas resultantes em um meio, sendo elas biológicas, químicas e físicas. Levando como resultado também a questão social em consequência dessa interferência, assim diminuindo o sistema produtivo humano, como, saúde, segurança e bem-estar da população. (CONAMA, 2019)
Uma usina eólica por mais limpa que seja sua produção também resulta em impactos negativos. Técnicos da usina eólica de Palmas afirmam que a montagem e instalação das torres geram impactos insignificantes, se comparados à construção de usinas hidroelétricas, pois o mesmo necessita apenas de uma base escavada de tamanho proporcional à altura da torre. Depois de implantado, apenas a região mais próxima à torre não pode ser utilizada para outros fins. (COPEL-PR, 2019)
Na usina eólica de Palmas, como toda instalação industrial, é necessário ter a gestão dos produtos perigosos (óleos e graxas), e o ruído gerado pelo movimento das pás não causa impactos ambientais significativos na região de Palmas. (COPEL-PR, 2019)
As usinas eólicas estão promovendo profundos impactos ambientais negativos ao longo do litoral nordestino. As que estão operando e as em fase de instalação nos campos de dunas revelaram que a área ocupada pelos aerogeradores é gravemente degradada, terraplenada, fixada, fragmentada, desmatada, compactada, alteradas a morfologia, topografia e fisionomia do campo de dunas -, pois se faz necessário a manutenção de uma rede de vias de acesso para cada um dos aerogeradores e resguardar a base dessas estruturas da erosão eólica. Com isso iniciou-se um generalizado e aleatório processo de fixação artificial das areias, danos aos sítios arqueológicos e privatização destes sistemas ambientais de relevante interesse socioambiental. (MEIRELES, 1994)
Quanto à fauna, impactos negativos acontecem em rotas de aves migratórias. Mas sempre são realizados estudos preliminares sobre essas rotas, até porque em uma pesquisa realizada é perceptível que a taxa de mortalidade de pássaros, é cem vezes maior em colisões com veículos do que em um parque eólico de 1 GWh (Gigawatt-hora). (BOURILLON, 1999).
8.        CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de energias renováveis é imprescindível para desenvolvimento do Brasil, principalmente o setor eólico. Suas atividades geram impactos sociais positivos, com mais empregos em diversos setores. No Paraná verificamos o grande potencial eólico devido a suas grandes altitudes, assim podendo implementar mais plantas eólicas para geração de energia elétrica.
Os impactos ambientais negativos são mínimos. Com o uso dessa energia há pouca emissão de poluentes no meio ambiente. Há principalmente uma preservação da vegetação e da população local, pois, no entanto, não há necessidade de degradar vastas áreas para gerar energia elétrica, diferente da de usinas hidroelétricas.
O potencial enérgico de uma usina eólica é relativamente alto, apesar de depender de condições climáticas para gerar eletricidade. Com velocidades entre 18 a 38 RPM (Rotações por minuto) já se é possível adquirir energia.

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