ENERGIA EÓLICA NO PARANÁ
Projeto científico - Kevin D. M. Fuscarini
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6.1.
ENERGIA EÓLICA NO BRASIL
A
primeira turbina eólica do Brasil foi instalada em Fernando
de Noronha em 1992. Dois anos
depois, entrou em operação a primeira usina eólica conectada ao sistema
elétrico integrado, na cidade de Gouveia -
MG. No ano de 2000 o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas
de Energia Elétrica (PROINFA) para incentivar a
utilização de outras fontes renováveis.
Construída em 1994, a Usina Eólica do
Morro do Camelinho como segue na (FIGURA 1), a primeira a ser interligada ao
Sistema Integrado Nacional de energia, está desativada desde 2015, conforme a
imagem a seguir. (ANEEL, 2019).
FIGURA 1: Usina
Eólica do Morro do Camelinho
.Fonte: Jornal Estado de
Minas, 2018. (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA
Press)
Atualmente temos no país a capacidade
atual de 12.763 GW (Gigawatt) distribuídos por 458 parques eólicos, o
equivalente a 8,4% da potência
energética instalada no país. Estudos comprovam que
181 parques eólicos instalados evitam 4 milhões de toneladas de CO2 na
atmosfera por ano. (JORNAL METRO 2019).
Os
principais produtores de energia eólica no Brasil são: Rio Grande
do Norte, com 3.722 MW (Megawatt); Bahia, com 2.594 MW (Megawatt); Ceará, com 1.950 MW
(Megawatt); Rio Grande do Sul,
com 1.831 MW (Megawatt) e; Piauí,
com 1.443 MW (Megawatt); Pernambuco, com 781
MW (Megawatt); Santa Catarina, com
238 MW (Megawatt); Maranhão, com 220
MW (Megawatt); e Paraíba, com 157 MW
(Megawatt). (JORNAL METRO 2019).
Após
a criação do PROINFA a energia eólica no Brasil teve um crescimento
considerável de 22 MW em 2003 para 1000 MW em 2011, tendo parte de criação de
36 projetos privados, outros 45 novo projetos foram aprovados pela ANEEL, com
potencial estimado de 2,139.7 MW. (ANEEL, 2019).
O
crescimento dessa tecnologia no Brasil faz com que aumente o desenvolvimento,
assim contribuindo com o meio ambiente e o meio social, diminuindo
consideravelmente a emissões de gases poluentes e aumentando a taxa de
empregos. (LATEC, COPEL, 2007).
O
Global Wind Atlas (GWA) (FIGURA 2) apóia principalmente o desenvolvimento da
energia eólica. Também serve como uma ferramenta útil para que os governos
entendam melhor seu potencial de recursos eólicos nos níveis provincial e
local. (GLOBAL, 2019).
FIGURA 2 - Mapa de
velocidade do vento no Brasil
FONTE:
https://globalwindatlas.info/, 2019.
6.2.
ENERGIA ELÉTRICA NO PARANÁ
O Paraná é um
dos 26 estados do Brasil, localizando-se na região sul do país. É cortado pelo
tropico de capricórnio. O Paraná ocupa uma área total de 199.554 Km², que
representa 2,34% do território Brasileiro. (PAULO J. SCAPIN 2006).
Datado que no ano de 2019 o Paraná teve um crescimento no consumo e
geração de energia, sendo, 7,9 mil GWh (Gigawatts-hora) de energia no
trimestre, frente a 7,5 mil GWh (Gigawatts-hora) no mesmo período de 2018. O
consumo do segmento de consumidores livres que compraram energia da Copel
Geração ou da Copel Comercialização apresentou crescimento de 5,8%. Composto
principalmente por indústrias, o aumento registrado no mercado livre se deu em
função do crescimento da produção industrial no Paraná, que cresceu na casa dos
10% nos últimos meses de 2019. (AEN 2019).
Em 2019,
a Copel vai investir quase R$ 2 bilhões. Deste total, 18% já foram aplicados no
primeiro trimestre – R$ 360 milhões já foram alocados no reforço, expansão,
modernização e melhoria dos seus sistemas da geração, transmissão e
distribuição de energia entre janeiro e março deste ano. A maior parte deste
montante foi para a área de distribuição – R$ 206 milhões –, segmento que em
2019 conta com
o maior investimento da história: R$ 836 milhões. (AEN 2019).
6.3.
ENERGIA EÓLICA NO PARANÁ
A passagem do tropico de
capricórnio no Paraná caracteriza o estado como zona de transição entre o clima
tropical e subtropical. O vento pode
variar bastante no intervalo de horas ou dias, porém, em termos estatísticos,
tende a um regime diurno predominante regido por influências locais e
regionais. No intervalo de meses ou anos, os regimes de vento passam a
apresentar notável regularidade, com sazonalidade bem definida ao longo do ano.
Os regimes anuais e sazonais são predominantemente controlados pelas grandes
escalas atmosféricas: a escala sinótica e a circulação geral planetária. Em
alturas de até 100m, de interesse para o aproveitamento energético, o vento é
afetado de forma acentuada pelas condições de relevo e de rugosidade
aerodinâmica do terreno, presença de obstáculos e estabilidade térmica
vertical. (CEPEL 2001).
Nota-se a
imprevisibilidade, o vento resulta da contínua circulação das camadas de grande
dependência do perfil vertical de ar da atmosfera sob a ação predominante da
velocidade do vento com a altura, a rugosidade energia do terreno e a
estabilidade térmica vertical da radiante do Sol e da rotação da Terra como
podemos ver (FIGURA 3). Dentre os mecanismos atuantes na formação dos ventos,
destacam-se os aquecimentos desiguais da superfície terrestre que ocorrem tanto
em escala global (diferentes latitudes, estações do ano e ciclo dia-noite)
quanto local (mar-terra, montanha-vale). Desse fato identificam-se as
velocidades e direções do vento. Uma turbina eólica capta uma parte da energia
cinética do vento, que passa através da área varrida pelo rotor e a transforma
em energia elétrica. (CEPEL, 2001).
O aproveitamento da
energia eólica requer extensões de área adequada, com velocidades médias que
viabilizem a instalação de usinas (FIGURA 4). (LATEC, COPEL, 2007).
FIGURA 3 - Circulação
atmosférica.
FONTE: Livro, Potencial
eólico do estado do Paraná, LATEC.
FIGURA 04: Potencial de
vento anual no Paraná a uma altitude de 100m.
Fonte: Livro, Potencial
eólico do estado do paraná, LATEC.
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