Árido, rochoso, frio e aparentemente sem vida, Marte foi explorado por humanos pela primeira vez em 1965, quando a sonda Mariner 4 pousou em solo marciano e detectou na planície cor de caramelo uma superfície parecida com a da Lua. Mas a presença de gelo e de materiais magnéticos no planeta sugerem que, no passado, ele foi mais dinâmico, como a Terra.
A mais de 228 milhões de quilômetros do Sol, a temperatura média é de – 62,7 ºC nas paisagens repletas de cânions, crateras e vulcões. Se comparados aos de nosso planeta, Marte tem vulcões até 100 vezes maiores, e o volume de lava é grande o suficiente para formar outro grande vulcão. A atmosfera também é diferente: com pouquíssimo oxigênio, é constituída principalmente de dióxido de carbono.
Coberto por pó vermelho, coloração ligada à alta quantidade de ferro no solo, Marte tem nuvens e ventos que às vezes criam tempestades parecidas com tornados, capazes de serem vistos daqui. O planeta tem gravidade quase três vezes menor do a da Terra e possui duas Luas: Phobos e Deimos. Apesar das diferenças, há similaridades entre os dois planetas: a presença de atmosfera, hidrosfera, criosfera e litosfera, ou seja, sistemas ar, água e gelo que interagem com a geologia para criar o ambiente marciano. Veja acima imagens de Marte e conheça mais sobre a paisagem que está atualmente sendo estudada pelo rover Curiosity, da Nasa.
Marte é detentor do maior vulcão do sistema solar, o Olympus Mons, com
21 quilômetros de altura e área um pouco maior do que o estado do Rio
Grande do Sul. A cratera Victoria, vista de perto pela sonda de solo
Opportunity, revela milhares de anos de história geológica marciana.
Promontórios escarpados, tais como Cape St. Vincent (na foto),
alternam-se com encostas erodidas pelo vento.
Vento, poeira e gelo delineiam as paisagens marcianas, como mostram as
imagens captadas pela sonda orbital Mars Reconnaissance Orbiter (MRO). A
região norte tem mais de 10% de sua superfície coberta de dunas (foto
no alto). Um campo de dunas linear em uma cratera (segunda foto) mostra
possíveis canais de erosão; manchas azuladas podem marcar despiradouros
que liberam dióxido de carbono. Traços que se parecem com garranchos nas
dunas (terceira foto) marcam a passagem de redemoinhos de poeira. A
calota polar ao redor do pólo sul exibe padrões de quebra-cabeça (à
direita), que ficam pronunciados no verão, quando uma parte do gelo de
dióxido de carbono se transforma em gás.
Fonte: viajeaqui.abril.com.br
Publisher: Kevin Dutra
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