Os cientistas acreditam que a temperatura deve variar entre 0º e 40º C, o que torna provável que ele tenha água líquida, componente fundamental para a vida.
Astrônomos da França, Suíça e Portugal anunciaram nesta terça-feira,24, que localizaram o planeta extra-solar mais parecido com a Terra observado até hoje, e que tem possibilidade de abrigar vida. Com cinco vezes a massa da Terra, este é o menor planeta já encontrado - tem raio 50% maior que o terrestre -, é provavelmente rochoso ou coberto de oceanos e se localiza na chamada zona habitável, isto é, fica a uma distância de sua estrela que faz com que ele não seja nem frio nem quente demais.
Os cientistas acreditam que sua temperatura deve variar entre 0º e 40º C, o que torna provável que ele tenha água líquida na superfície, componente fundamental para a existência de vida. Entretanto, provavelmente seria bem diferente da que temos por aqui. A massa maior significa uma gravidade também maior, explica ao Estado Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, que liderou o estudo. “Agora se isso é bom ou ruim para a existência de vida não dá para dizer. Nós nem sabemos direito como a vida se formou na Terra”, diz. “Este planeta será provavelmente um importante alvo para futuras missões espaciais dedicadas à procura por vida extraterrestre. No mapa do tesouro do Universo, é tentador marcar este planeta com um X”, afirmou Xavier Delfosse, pesquisador francês da equipe que fez a descoberta, em comunicado à imprensa.
O planeta, no entanto, orbita uma estrela anã tipo M, ou anã vermelha, muito mais fraca que o Sol. Pesquisadores envolvidos na busca por vida fora da Terra costumavam desprezar vizinhanças assim. O raciocínio era de que um planeta, para se manter na zona habitável, teria de ficar muito perto da estrela anã, com efeitos que inviabilizariam a vida. “Mas isso foi reconsiderado já há alguns anos”, diz Xavier Bonfils, do Observatório de Lisboa, que também tomou parte na descoberta. “A habitabilidade de planetas orbitando estrelas anãs tipo M foi, coincidentemente, tema de uma edição recente da Astrobiology Magazine, e os autores de um artigo publicado nessa revista mostram que a vida no planeta que descobrimos é, de fato, possível”, afirma o pesquisador.
Bonfils reconhece, porém, que ainda se sabe muito pouco sobre o sistema de Gliese 581, a estrela em torno da qual o planeta foi encontrado, e que a descoberta representa apenas “um lugar para olhar, quando se procurar por vida”. A descoberta terá algum impacto no cálculo da probabilidade de haver vida inteligente fora da Terra? “Não sei”, responde o cientista. Já Seth Shostak, do Instituto SETI - que coordena esforços de busca por sinais de rádio emitidos por inteligências de fora da Terra, como o SETI@home - diz que a descoberta é uma “boa notícia”, porque sugere que planetas semelhantes à Terra podem ser abundantes no Universo. “São esses planetas pequenos que consideramos os mais compatíveis com a vida”. Shostak diz que os programas de busca do Instituto SETI já se voltaram para Gliese 581 duas vezes, em 1995 e 1997. “Embora não tenhamos encontrado nenhum sinal, vamos olhar de novo, possivelmente neste verão (do hemisfério Norte)”.
Os cientistas acreditam que sua temperatura deve variar entre 0º e 40º C, o que torna provável que ele tenha água líquida na superfície, componente fundamental para a existência de vida. Entretanto, provavelmente seria bem diferente da que temos por aqui. A massa maior significa uma gravidade também maior, explica ao Estado Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, que liderou o estudo. “Agora se isso é bom ou ruim para a existência de vida não dá para dizer. Nós nem sabemos direito como a vida se formou na Terra”, diz. “Este planeta será provavelmente um importante alvo para futuras missões espaciais dedicadas à procura por vida extraterrestre. No mapa do tesouro do Universo, é tentador marcar este planeta com um X”, afirmou Xavier Delfosse, pesquisador francês da equipe que fez a descoberta, em comunicado à imprensa.
O planeta, no entanto, orbita uma estrela anã tipo M, ou anã vermelha, muito mais fraca que o Sol. Pesquisadores envolvidos na busca por vida fora da Terra costumavam desprezar vizinhanças assim. O raciocínio era de que um planeta, para se manter na zona habitável, teria de ficar muito perto da estrela anã, com efeitos que inviabilizariam a vida. “Mas isso foi reconsiderado já há alguns anos”, diz Xavier Bonfils, do Observatório de Lisboa, que também tomou parte na descoberta. “A habitabilidade de planetas orbitando estrelas anãs tipo M foi, coincidentemente, tema de uma edição recente da Astrobiology Magazine, e os autores de um artigo publicado nessa revista mostram que a vida no planeta que descobrimos é, de fato, possível”, afirma o pesquisador.
Bonfils reconhece, porém, que ainda se sabe muito pouco sobre o sistema de Gliese 581, a estrela em torno da qual o planeta foi encontrado, e que a descoberta representa apenas “um lugar para olhar, quando se procurar por vida”. A descoberta terá algum impacto no cálculo da probabilidade de haver vida inteligente fora da Terra? “Não sei”, responde o cientista. Já Seth Shostak, do Instituto SETI - que coordena esforços de busca por sinais de rádio emitidos por inteligências de fora da Terra, como o SETI@home - diz que a descoberta é uma “boa notícia”, porque sugere que planetas semelhantes à Terra podem ser abundantes no Universo. “São esses planetas pequenos que consideramos os mais compatíveis com a vida”. Shostak diz que os programas de busca do Instituto SETI já se voltaram para Gliese 581 duas vezes, em 1995 e 1997. “Embora não tenhamos encontrado nenhum sinal, vamos olhar de novo, possivelmente neste verão (do hemisfério Norte)”.
Fonte: Revista UFO.
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